Resenha: E Se Ela Soubesse?

12.7.16 Unknown 2 Comentários



Livro: E Se Ela Soubesse?
Autora: R. Christiny
Editora: Lura
Número de Páginas: 304
Ano da edição: 2016


Sinopse: Tenho algo para lhe contar. Calma, não se assuste, antes de tudo, preciso que se sente. Eu sei que isso pode fazer com que eu nunca mais a veja, mas preciso lhe dizer que eles têm razão; eu o matei. Sim, mãe, em minhas roupas está seu sangue, cada camisa minha tem o cheiro de outras vidas que eu tirei impiedosamente. Sei que não estava preparada para saber tudo isso, porém, precisava dizer a alguém o quanto eu ria enquanto passava lâmina por aquele corpo imundo. Espere... Não fuja, ainda não acabei. Há outra coisa que preciso lhe dizer. Estou sendo atormentado, mãe, ele voltou das cinzas, eu vejo seu corpo ensanguentado por toda parte, mas sabe qual é a pior parte? Ele quer se vingar. Sei o quanto isso é horrível, mas não me arrependo do que fiz.
Antes que eu me esqueça, você precisa saber que eu vi uma linda mulher aqui, ela também pareceu ter gostado de mim, nossos olhos se encontraram e eu senti algo estranho, algo... bom. Mas ouça, mãe: ela não sabe os reais motivos de eu estar em um manicômio.
Esse será um segredo nosso, preciso que não conte nada a ninguém, e acima de tudo, preciso que não conte nada a ela. Acha que pode fazer isso? 


Resumo da obra

 A obra se passa em torno de James Marconi, um rapaz que possui em seu histórico uma série de assassinatos, e graças a isso, ele é internado em um manicômio, no qual vai presenciar os momentos mais aterrorizantes de sua vida. Lá, ele encontra consolo em Jane, sua enfermeira, e também, sua melhor amiga. É com ela que James consegue falar sobre sua vida e suas frustrações, bem como a saudade que possui da mãe, que até então, nunca fizera uma visita para o filho enquanto o mesmo se encontrava naquele recinto.

 Como era de costume diário, James recebia altas doses de medicamentos, o que fazia com que o rapaz ficasse dopado por um longo tempo, e desta forma, suas atitudes e seus surtos psicóticos eram mantidos sob controle, visto que ele era tido como o paciente mais violento do manicômio. Certas vezes, ele apresentava sinais de alucinação, e acabava por presenciar uma figura disforme, sombria, a qual ele a caracterizava sendo um homem que geralmente usava um capuz, tinha o rosto deformado e sua garganta estava cortada, sangrando. 

 Para piorar ainda mais a situação, James era interrogado semanalmente por um agente do FBI, que tentava a todo custo, extrair informações sobre as atitudes que levaram com que o interno ceifasse a vida de várias pessoas, e principalmente, desvendar os fatos que ocorreram no dia 16 de Agosto de 2010. Isso era praticamente uma tortura para James, pois ele não conseguia falar sobre os acontecimentos que se sucederam neste dia, e em virtude disso, se tornava agressivo e impaciente, fazendo com que assim, as tentativas de investigação do agente fossem por água abaixo. 

 Após um incidente ocorrido no refeitório, James se envolveu em uma briga, onde acabou ferindo o agente, o qual precisou ser afastado da sua rotina de investigações no manicômio, sendo substituído por sua sobrinha, uma linda jovem chamada Anna Godoy, que também fazia parte do FBI, e a mesma acabou assumindo o caso de James Marconi. Ela era vista como "O Sargento" diante dos olhos de James, pois além das suas vestimentas formais, ela também possuía uma postura firme, típica dos militares, chegando a ser chamada de "mulher de ferro". Anna era esperta, astuta, investigava cada detalhe ao seu redor, algo que desconcertou James, porque até então, ele não se intimidava com ninguém dali, era reservado o suficiente a ponto de ser considerado insociável. 

 A beleza daquela agente chamou a atenção do rapaz, pois ela era praticamente um anjo, com pele clara, olhos amendoados, cabelos negros, e um sorriso encantador. Isso foi aos poucos quebrando as barreiras no coração de James, que aos poucos passou a sentir algo estranho, como nunca sentira antes desde o dia em que foi trancafiado naquele local. Ele estava confuso: ora odiava Anna, ora sentia que estava apaixonado pela mesma. Em meio a essa confusão de sentimentos, James bolava um plano: estava próximo o dia do natal, e ele precisava a todo custo visitar sua mãe, na tentativa de explicar os motivos que o levaram a cometer tais barbaridades, mesmo que isso fosse praticamente impossível de acontecer, pois devido ao seu péssimo comportamento na clínica, o rapaz jamais seria liberado para visitar a família durante a festa natalina.

 Meio que perdido, mas esperançoso, James começa a forjar um plano de fuga, e para isso, procura a ajuda de Jane, que ao ouvir as ideias do rapaz, se recusa a ser cúmplice do mesmo, entretanto, mais a frente, ela recua e resolve ajudar o amigo. Ao longo dos dias que antecederam o natal, James observava o movimento no manicômio, bem como a quantidade de câmeras, os seguranças, os corredores, dentre outros aspectos, o que foi suficiente para ele conseguir traçar uma fuga perfeita. 

 A noite de Natal chega, e com a ajuda de Jane, James consegue escapar, levando consigo alguns mantimentos e objetos que Jane havia lhe entregado dentro de uma mochila, junto com um mapa, o qual apontaria a direção para a casa da mãe de James. Antes de partir, ele percebe que também existe dentro da mochila uma fantasia de papai noel, a qual seria necessária para evitar o reconhecimento do rapaz como um interno do manicômio. Revoltado mas sem opção, ele veste a fantasia e sai à procura de um ônibus. Assim que consegue pegar um coletivo, James não consegue vencer o cansaço e acaba por dormir, acordando mais tarde com algumas crianças tirando fotos suas, o que o obrigou a descer imediatamente do ônibus. 

 Ainda procurando se situar no local em que estava, James é surpreendido por uma pequena garotinha chamada Alice, que a todo custo, implora por uma fotografia com o papai noel. Para a surpresa do rapaz, aquela menina é nada mais nada menos que a sobrinha de Anna, que vem logo a frente correndo em busca de Alice. Nesse instante, o coração de James parece saltar pela boca: será que Anna o reconheceria? Desconcertado e bastante nervoso, ele tenta ser o mais gentil possível, e acaba atendendo o pedido da pequena garotinha para tirar uma foto com ele. Após isso, James não vê a hora de sair daquela situação e correr para a casa de sua mãe, entretanto, ele é obrigado a permanecer mais um tempo com as duas afim de tomar um sorvete. Ele se sente feliz por estar junto de Anna, mas ao mesmo tempo, se sente na obrigação de escapar daquele local a todo e qualquer custo, não podendo se desviar do objetivo principal que é encontrar sua mãe.

 Em um momento de distração de Alice e Anna no carrinho de sorvete, James se afasta com cautela e consegue ir embora. Ele passa mal por alguns minutos, depois recobra a consciência e segue rumo à casa de sua mãe. Chegando lá, ele encontra tudo escuro e fechado, não há sinal de que haja alguém ali, tampouco que estivesse sendo realizada a ceia do Natal. Ele se sente desapontado, mas depois, começa a bater na porta, com a esperança de ser atendido, entretanto, ninguém aparece. Quando resolve ir embora, ele percebe que há um objeto brilhante pendurado na corda do balancinho que existe em frente a casa: era a chave da porta de entrada! Apressadamente, ele pega a mesma e segue rumo a porta, quando consegue abrir, ele entra, e é surpreendido pelo que acaba encontrando!

 Mais tarde, Anna cruza novamente o seu caminho. Os dois se encontram de madrugada em um cemitério, e de lá, partem para a casa da jovem, pois ao reconhecer James como o papai noel que havia conhecido na noite de Natal, Anna também percebe que o mesmo vagueia sem rumo, e por isso, oferece sua casa para o mesmo passar a noite, até poder encontrar um local melhor para ficar. A partir daí, a narrativa começa a ficar intensa, pois há várias reviravoltas e acontecimentos que tornam impossível dar uma pausa na leitura, deixando cada capítulo seguinte mais eletrizante.


Minha opinião

 Esse livro me deixou no chão literalmente, pois assim que terminei de ler, fiquei naquela ressaca literária, com uma vontade de reler o mesmo, mas ai precisei de um tempo para respirar, tomar fôlego, e assim, poder voltar para a realidade e comentar sobre ele aqui. 

 Para início de conversa, eu recebi esse lindo presente da própria autora, a Renata Christiny, que é uma querida parceira aqui da Cuca Literária. Esse é o primeiro livro de uma trilogia chamada Não Conte a Ela. O segundo livro já está para ser lançado, sob o título Ela Sabe.

 Quando li a sinopse da obra, logo fiquei curiosa, pois aquela mensagem cheia de suspense me chamou a atenção e despertou o meu interesse para descobrir o porquê daquele mistério todo. 


 Assim que comecei a leitura, fui sendo fisgada pela história de James, pois acabava ficando mais claro na minha mente aquela velha ideia de que de médico e louco todo mundo tem um pouco, ou seja, existem comportamentos que podem ser contraditórios, mas no fundo, um pode andar de mãos dadas com o outro, sem nem ao menos notarmos isso. Foi uma surpresa e tanta para mim a leitura deste livro, pois ao passo em que ele me prendeu, também me confirmou ainda mais que temos autores nacionais muito bons, e que precisam ser divulgados. 

 É um thriller psicológico que atrai a nossa atenção e não nos permite parar de ler sequer um instante. Eu me senti super a vontade com ele, pois é um gênero que aprecio bastante, e em virtude disso, reconheço o quanto a autora soube traçar o enredo, ligando os fatos, tornando a história bem envolvente. 

 Agradeço pela oportunidade que a Renata me deu em poder conhecer essa obra, a qual eu super indico para os leitores que me acompanham aqui no blog e nas demais redes sociais da Cuca Literária.


Até a próxima!


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2 comentários:

  1. Oi Hellen!! Não conheço o livro e nem a autora, mas pelos seu resumo e opinião, me parece ser um livro intenso. Vou tentar conferir!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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    Respostas
    1. É um livro intenso mesmo, você não vai se arrepender!

      Abraços!

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